Temos esperança em dias melhores, esperamos que nosso emprego melhore, que os nossos colegas mudem e que o nosso relacionamento amoroso seja recíproco...
Mas será que na realidade não somos nós que precisamos mudar? Sair da nossa aparente zona de conforto e nos lançarmos a desafios que podem no início ser assustadores, mas que ao longo do caminho podem se mostrar acolhedores e deslumbrantes?
O medo da mudança nos paralisa, achamos que devemos manter a vida que levamos, mesmo que meio dolorida, apertada e por vezes inadequada aos nossos parâmetros, tentamos nos encaixar naquele lugar por o acharmos seguro...
Olhar por outro ângulo, tentar olhar de fora do olho do furacão pode abrir um horizonte ENORME para o nosso futuro.
Qual é o motivo de nos prendermos tanto ao passado, de ancorar nossa vida a algo que traz segurança, uma aparente segurança, mesmo que machuque... Porque tanto medo da mudança, porque tanto apego ao que fere... Começar de novo, deixar para traz o que não traz paz é uma característica de gente forte e bem resolvida, bem resolvida consigo, com a vida e com o outro.
Como podemos sobreviver e nos refazer em meio a tanto caco, em meio a tanta mágoa e em meio a dor, como limparemos dos olhos as lágrimas, as sombras e os borrões? Como nos levantaremos novamente para sair desse ciclo e enxergaremos que somos o nosso primeiro amor, que antes de tudo precisamos nos cuidar, nos amar e sermos curados, para então amarmos novamente... Para voltarmos a ver as cores, sentir os perfumes...
Um passo de cada vez, uma decisão de cada vez ou seria melhor arrancar de uma vez por todas, puxar de uma só vez a proteção e nos lançarmos em queda livre no novo?