Nada é certeza, tudo é inquietude. Um misto de chegada e partida, amor e insegurança, peso e leveza. Vivemos dias escuros e pesados em que a nuvem de nossa própria mente fica carregada por tempestades que muitas vezes nós mesmos criamos, mas como é que podemos continuar a ser sol em momentos que tudo o que vemos são nuvens densas e neblina por toda a parte, que já não conseguimos distinguir as pessoas por suas formas, que o rosto delas está coberto de nevoa.
O medo, a solidão e algumas vezes o desespero são companhias quase que diárias, como ser a pessoa que um dia você foi?! Como ver o mundo como um dia você viu?!
É possível recuperar-se em si mesmo?! É possível voltar a ser você novamente?!
As cicatrizes são tão grandes e algumas feridas ainda estão abertas, como recuperar o amor próprio e a dignidade, depois de se perder de você mesmo, de não saber mais qual é a própria identidade e o que vai ser de você longe de alguém que você prometeu pra si mesmo que cuidaria e amaria até o fim de seus dias.