Vemos com grande frequência relações se desfazerem, e atribui-se a essa liquidez o desapego, mas será que é tão fácil viver assim? Não ter relações profundas, somente conversas rasas, sexo casual e companhia pra beber?!
Qual é o medo de ter apego, de mergulhar em teorias, conversas e desenrolar a vida numa tarde ou madrugada, conhecer os medos, os sonhos, as lutas e as conquistas, além de aprender com os erros e fracassos.
A velocidade e a tecnologia nem sempre trabalham a favor das pessoas, isso é contado muitas vezes em histórias de ficção, porém sabemos que a vida imita a arte ou vice-versa... então a tecnologia pode sim ocupar o lugar do ser humano e até tomar o lugar dele, isso pode ser claramente exemplificado na engenharia social e nas novas pesquisas do google.
Mas eu acredito que nada substitui o contato, a conversa, os olhares, o som da risada... amores líquidos, relações sem compromissos, pessoas vazias, sem perspectiva, sem sonhos... Adultos que não sabem lidar com seus fracassos, que não mergulham dentro de si e se julgam o centro do mundo.
Somos tão grandes e tão pequenos ao mesmo tempo, vivemos em um sistema solar que pode ser 1 em infinitos multiversos e realidades paralelas e nos julgamos detentores da verdade, e nem ao menos sabemos lidar com nossa psique e os próprios medos, não sabemos refletir, temos medo de compromisso, de se apegar e sofrer o luto de um término.
Mesmo nesse nosso planeta, existe tantos problemas maiores que os nossos, tantas pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, que não tem o básico para sobreviver e muitos de nós preocupados com o que vão comprar no natal, quando vão trocar de carro e coisas tão dispensáveis que deveríamos nos envergonhar de nossa futilidade e superficialidade.
segunda-feira, novembro 26, 2018
Incerteza
Nada é certeza, tudo é inquietude. Um misto de chegada e partida, amor e insegurança, peso e leveza. Vivemos dias escuros e pesados em que a nuvem de nossa própria mente fica carregada por tempestades que muitas vezes nós mesmos criamos, mas como é que podemos continuar a ser sol em momentos que tudo o que vemos são nuvens densas e neblina por toda a parte, que já não conseguimos distinguir as pessoas por suas formas, que o rosto delas está coberto de nevoa.
O medo, a solidão e algumas vezes o desespero são companhias quase que diárias, como ser a pessoa que um dia você foi?! Como ver o mundo como um dia você viu?!
É possível recuperar-se em si mesmo?! É possível voltar a ser você novamente?!
As cicatrizes são tão grandes e algumas feridas ainda estão abertas, como recuperar o amor próprio e a dignidade, depois de se perder de você mesmo, de não saber mais qual é a própria identidade e o que vai ser de você longe de alguém que você prometeu pra si mesmo que cuidaria e amaria até o fim de seus dias.
O medo, a solidão e algumas vezes o desespero são companhias quase que diárias, como ser a pessoa que um dia você foi?! Como ver o mundo como um dia você viu?!
É possível recuperar-se em si mesmo?! É possível voltar a ser você novamente?!
As cicatrizes são tão grandes e algumas feridas ainda estão abertas, como recuperar o amor próprio e a dignidade, depois de se perder de você mesmo, de não saber mais qual é a própria identidade e o que vai ser de você longe de alguém que você prometeu pra si mesmo que cuidaria e amaria até o fim de seus dias.
quinta-feira, novembro 22, 2018
Mudança
Acreditar na mudança de alguém, e ter esperança que você pode fazer alguma coisa em relação a isso pode ser algo paralisante, ou pode revelar uma síndrome de super-herói...
Talvez tenhamos passado muito tempo assistindo a clichês em novelas, filmes e séries, e isso tenha se arraigado em nós tão profundamente que não conseguimos nos desfazer. Aprendemos que desistir é sinal de fracasso, que deixar ir é sinal de que não existe amor de verdade, e que se é amor de verdade não acaba.
Mas e todos os altos e baixos que esse amor precisa passar, os desafios diários, a falta de paciência, as ofensas, o abuso psicológico enfrentado, quase que d-i-a-r-i-a-m-e-n-t-e, o que isso causa em nós? Quais gatilhos mentais estamos desenvolvendo, quantas recordações nas caixas killers estamos armazenando. Por muitas vezes deixamos de ser quem somos, deixamos pra trás a convivência com os familiares, as conversas com amigos, o prazer nas pequenas coisas, tudo porque estamos vivendo um grande amor.
Será realmente que amor é isso?! Será realmente que precisamos nos punir dia após dia por não nos acharmos dignos, por não ter um emocional equilibrado, por termos passado por coisas demais desde a infância que nos trouxe exatamente ao lugar que estamos hoje e a aceitarmos muito menos do que merecemos, a olharmos para nós mesmos como seres que não merecem a felicidade e o amor que cura, o amor que espera, o amor que não busca os próprios interesses...
Como conseguir entender que não é culpa sua, que existem pessoas que simplesmente são assim... e que não há nada, absolutamente nada que possamos fazer e que algumas dessas pessoas nem mesmo a psicologia pode ajudar, são pessoas que não sentem nenhum sentimento genuíno, tudo é previsto e calculado... A tortura do silêncio, as palavras ríspidas e por vezes ameaçadoras, o tom de voz que intimida, as oscilações de humor e por vezes alguma migalha de carinho, cuidado e proteção faz com que nós acreditemos na mudança, nos agarremos a esperança de que existe uma luz no fim do túnel, mas logo o ciclo se repete e repete e repete... e parece que o amor se transforma em uma missão de vida, de que essa pessoa é assim somente com você, que o erro é seu, porque os relacionamentos anteriores e o tratamento dessa pessoa com seus amores passados era ameno, que essa pessoa simplesmente cansou de cuidar tanto e nunca receber cuidado... e que agora não irá insistir no mesmo erro.
E então o que acontece? Você acha que todo erro do relacionamento não dar certo é seu, que você não se esforçou o suficiente... e a culpa vai se acumulando, acumulando até você se afogar em desespero de não poder fazer nada. Porque precisamos aceitar que existem coisas que estão fora da nossa vontade, estão fora do nosso alcance e não podemos mudá-las, existem pessoas que não acham que elas erram, que não sentem culpa, que a vida é uma sucessão de acontecimentos e que tudo que acontece era porque tinha que acontecer, se isentando assim da culpa.
Qual caminho devemos tomar?!
Aquele que nos traz paz.
É uma decisão fácil?
De forma alguma.
Mas é imprescindível se desejamos viver, sentir, amar e ser feliz!
Talvez tenhamos passado muito tempo assistindo a clichês em novelas, filmes e séries, e isso tenha se arraigado em nós tão profundamente que não conseguimos nos desfazer. Aprendemos que desistir é sinal de fracasso, que deixar ir é sinal de que não existe amor de verdade, e que se é amor de verdade não acaba.
Mas e todos os altos e baixos que esse amor precisa passar, os desafios diários, a falta de paciência, as ofensas, o abuso psicológico enfrentado, quase que d-i-a-r-i-a-m-e-n-t-e, o que isso causa em nós? Quais gatilhos mentais estamos desenvolvendo, quantas recordações nas caixas killers estamos armazenando. Por muitas vezes deixamos de ser quem somos, deixamos pra trás a convivência com os familiares, as conversas com amigos, o prazer nas pequenas coisas, tudo porque estamos vivendo um grande amor.
Será realmente que amor é isso?! Será realmente que precisamos nos punir dia após dia por não nos acharmos dignos, por não ter um emocional equilibrado, por termos passado por coisas demais desde a infância que nos trouxe exatamente ao lugar que estamos hoje e a aceitarmos muito menos do que merecemos, a olharmos para nós mesmos como seres que não merecem a felicidade e o amor que cura, o amor que espera, o amor que não busca os próprios interesses...
Como conseguir entender que não é culpa sua, que existem pessoas que simplesmente são assim... e que não há nada, absolutamente nada que possamos fazer e que algumas dessas pessoas nem mesmo a psicologia pode ajudar, são pessoas que não sentem nenhum sentimento genuíno, tudo é previsto e calculado... A tortura do silêncio, as palavras ríspidas e por vezes ameaçadoras, o tom de voz que intimida, as oscilações de humor e por vezes alguma migalha de carinho, cuidado e proteção faz com que nós acreditemos na mudança, nos agarremos a esperança de que existe uma luz no fim do túnel, mas logo o ciclo se repete e repete e repete... e parece que o amor se transforma em uma missão de vida, de que essa pessoa é assim somente com você, que o erro é seu, porque os relacionamentos anteriores e o tratamento dessa pessoa com seus amores passados era ameno, que essa pessoa simplesmente cansou de cuidar tanto e nunca receber cuidado... e que agora não irá insistir no mesmo erro.
E então o que acontece? Você acha que todo erro do relacionamento não dar certo é seu, que você não se esforçou o suficiente... e a culpa vai se acumulando, acumulando até você se afogar em desespero de não poder fazer nada. Porque precisamos aceitar que existem coisas que estão fora da nossa vontade, estão fora do nosso alcance e não podemos mudá-las, existem pessoas que não acham que elas erram, que não sentem culpa, que a vida é uma sucessão de acontecimentos e que tudo que acontece era porque tinha que acontecer, se isentando assim da culpa.
Qual caminho devemos tomar?!
Aquele que nos traz paz.
É uma decisão fácil?
De forma alguma.
Mas é imprescindível se desejamos viver, sentir, amar e ser feliz!
segunda-feira, novembro 19, 2018
Sobreviver
Temos esperança em dias melhores, esperamos que nosso emprego melhore, que os nossos colegas mudem e que o nosso relacionamento amoroso seja recíproco...
Mas será que na realidade não somos nós que precisamos mudar? Sair da nossa aparente zona de conforto e nos lançarmos a desafios que podem no início ser assustadores, mas que ao longo do caminho podem se mostrar acolhedores e deslumbrantes?
O medo da mudança nos paralisa, achamos que devemos manter a vida que levamos, mesmo que meio dolorida, apertada e por vezes inadequada aos nossos parâmetros, tentamos nos encaixar naquele lugar por o acharmos seguro...
Olhar por outro ângulo, tentar olhar de fora do olho do furacão pode abrir um horizonte ENORME para o nosso futuro.
Qual é o motivo de nos prendermos tanto ao passado, de ancorar nossa vida a algo que traz segurança, uma aparente segurança, mesmo que machuque... Porque tanto medo da mudança, porque tanto apego ao que fere... Começar de novo, deixar para traz o que não traz paz é uma característica de gente forte e bem resolvida, bem resolvida consigo, com a vida e com o outro.
Como podemos sobreviver e nos refazer em meio a tanto caco, em meio a tanta mágoa e em meio a dor, como limparemos dos olhos as lágrimas, as sombras e os borrões? Como nos levantaremos novamente para sair desse ciclo e enxergaremos que somos o nosso primeiro amor, que antes de tudo precisamos nos cuidar, nos amar e sermos curados, para então amarmos novamente... Para voltarmos a ver as cores, sentir os perfumes...
Um passo de cada vez, uma decisão de cada vez ou seria melhor arrancar de uma vez por todas, puxar de uma só vez a proteção e nos lançarmos em queda livre no novo?
Mas será que na realidade não somos nós que precisamos mudar? Sair da nossa aparente zona de conforto e nos lançarmos a desafios que podem no início ser assustadores, mas que ao longo do caminho podem se mostrar acolhedores e deslumbrantes?
O medo da mudança nos paralisa, achamos que devemos manter a vida que levamos, mesmo que meio dolorida, apertada e por vezes inadequada aos nossos parâmetros, tentamos nos encaixar naquele lugar por o acharmos seguro...
Olhar por outro ângulo, tentar olhar de fora do olho do furacão pode abrir um horizonte ENORME para o nosso futuro.
Qual é o motivo de nos prendermos tanto ao passado, de ancorar nossa vida a algo que traz segurança, uma aparente segurança, mesmo que machuque... Porque tanto medo da mudança, porque tanto apego ao que fere... Começar de novo, deixar para traz o que não traz paz é uma característica de gente forte e bem resolvida, bem resolvida consigo, com a vida e com o outro.
Como podemos sobreviver e nos refazer em meio a tanto caco, em meio a tanta mágoa e em meio a dor, como limparemos dos olhos as lágrimas, as sombras e os borrões? Como nos levantaremos novamente para sair desse ciclo e enxergaremos que somos o nosso primeiro amor, que antes de tudo precisamos nos cuidar, nos amar e sermos curados, para então amarmos novamente... Para voltarmos a ver as cores, sentir os perfumes...
Um passo de cada vez, uma decisão de cada vez ou seria melhor arrancar de uma vez por todas, puxar de uma só vez a proteção e nos lançarmos em queda livre no novo?
quinta-feira, junho 28, 2018
De volta
Hoje em 28/06/2018, muito provavelmente este blog voltará a ativa e terá publicações semanais ou diárias.
Vamos falar sobre o nosso tempo e o que aflige o coração do cristão nesse período tão conturbado e escuro que a humanidade passe.
Ouvimos falar que antes do amanhecer é quando está mais escuro, podemos fazer uma analogia aqui que a Luz do Mundo está para voltar, e que passamos pelo período mais sombrio da história humana.
Guerras e rumores de guerras, pais contra filhos e filhos contra pais, pessoas frias, soberbas e orgulhosas, amantes de si mesmas... em época de copa do mundo quem te vem a memória, se você é brasileiro no caso?!
Como ser cristão nesse último período de tempo aqui?
Vamos falar sobre isso, gostaria que tivéssemos interações.
Vamos falar sobre o nosso tempo e o que aflige o coração do cristão nesse período tão conturbado e escuro que a humanidade passe.
Ouvimos falar que antes do amanhecer é quando está mais escuro, podemos fazer uma analogia aqui que a Luz do Mundo está para voltar, e que passamos pelo período mais sombrio da história humana.
Guerras e rumores de guerras, pais contra filhos e filhos contra pais, pessoas frias, soberbas e orgulhosas, amantes de si mesmas... em época de copa do mundo quem te vem a memória, se você é brasileiro no caso?!
Como ser cristão nesse último período de tempo aqui?
Vamos falar sobre isso, gostaria que tivéssemos interações.
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